Uma completa reviravolta nos destinos da Cooperativa de Produtores de Erva-Mate Canoinhas, aconteceu com a decisão da Juíza de Direito da 2 Vara Cível, Dra. Isabela Alcaide Torres da Comarca de Canoinhas, em acolher o pedido do Advogado Dr. José Cidral da Costa, concedendo a Tutela de Urgência, impedindo a venda ou alienação do patrimônio da cooperativa e sua posterior extinção, com a divisão dos valores arrecadados com a venda entre apenas 26 associados atuais.
Segundo Dr. Cidral da Costa, a atual diretoria da Cooperativa, presidida por Alvacir José Bastos, não seguiu o estatuto da cooperativa ao publicar e dar divulgação ao edital convocatório para o ato de venda e liquidação da sociedade. "Somos cerca de 800 antigos associados e eu tive o meu direito a participar da assembléia negado, não pude usar da palavra e todos os meus direitos como associado antigo foram retirados. Meu falecido sogro, Bráulio Ribas, por diversos anos foi um incansável lutador, presidindo essa cooperativa, não estaria feliz, se eu não me opusesse a essa injustiça e não defendesse o direito de todos os familiares dos 800 sócios fundadores" disse Costa.
A avaliação do patrimônio que gira na faixa de R$ 8 milhões de reais, localizado entre as esquinas da ruas, Francisco de Paula Pereira, rua Caetano Costa até a esquina da Rua Major Vieira, no coração central da cidade de Canoinhas, é o motivo principal da disputa judicial que hora se inicia, sendo que a Justiça acolheu o pedido da tutela antecipada e suspendeu toda e qualquer ação para venda e dissolução, até que as partes encontrem uma forma consensual de resolver o litígio.

Nossa reportagem procurou o escritório de advocacia que representa a cooperativa Freitas & Haag Advogados, para ouvir a sua versão, mas os responsáveis encontram-se em viagem internacional, portanto não foram localizados para se manifestaram até o fechamento dessa edição e sabermos o seu posicionamento.

Angelo Schulka