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  • 04/09/2025 18:09

PIB de Santa Catarina mantém liderança de crescimento no país

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  • Marco Favero/Arquivo/Secom -

O Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina manteve a liderança de crescimento no Brasil, conforme os dados atualizados do segundo trimestre de 2025. Segundo estimativa da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), o PIB catarinense cresceu 5,4% nos 12 meses encerrados em junho, frente ao mesmo período do ano anterior.  Na comparação entre os estados, as estimativas do Índice de Atividade Econômica Regional do Banco Central (IBCR) apontam a liderança do crescimento da economia catarinense. No mesmo período de 12 meses do ano anterior, o índice do Bacen do SC avançou 6,4%, o maior crescimento entre os 13 maiores estados do país.

Já em relação ao acumulado do ano, ou seja, de janeiro a junho de 2025, a economia catarinense confirma o destaque, com um crescimento de 6,1%.

“A economia catarinense é forte graças à sua competitividade, à indústria variada, ao turismo, ao agronegócio e a uma logística que funciona. O estado é seguro para novos negócios. Como resultado, mais empresas e pessoas investem aqui, fazendo a nossa economia avançar, gerando novos postos de trabalho e renda para quem mora aqui”, destacou o governador Jorginho Mello.

“Santa Catarina segue demonstrando competitividade e resiliência. O crescimento constante e robusto do estado se destaca em um cenário nacional e internacional de incertezas. Temos um ecossistema econômico dinâmico. A nossa diversidade produtiva e a força das cadeias industriais, de serviços e agropecuária garantem que o Estado continue crescendo acima da média brasileira. Esse desempenho reforça a posição de Santa Catarina como um polo de atração de investimentos e de mão de obra qualificada, que impulsionam a economia e o bem-estar social da população”, avaliou o Secretário de Estado do Planejamento, Fabricio Oliveira.

Crescimento dos setores

As estimativas da Seplan apontam um crescimento de 12,1% da Agropecuária  em Santa Catarina, influenciado principalmente pelo avanço na produção agrícola, especialmente de soja, milho, arroz, feijão, fumo, trigo e cebola. O economista Paulo Zoldan analisa que o setor foi um forte sustentador da expansão da  economia no primeiro semestre. Na pecuária, o quantum cresceu menos, mas teve o sétimo ano consecutivo de alta, baseado na produção de frangos e de suínos.

A Indústria de transformação cresceu 6,3% em Santa Catarina nos últimos 12 meses encerrados em junho, sob o mesmo período anterior. Os segmentos de máquinas e equipamentos e o de máquinas e aparelhos elétricos foram os de maior crescimento em SC, impulsionados pelas demandas de outros setores industriais ou pelas exportações. A produção de têxteis e de artigos do vestuário e acessórios se manteve impulsionada pela demanda doméstica, assim como foi o caso do consumo de produtos alimentícios e de bebidas. O bom desempenho da construção civil e da indústria automobilística, por sua vez, impactou os segmentos produtivos locais, como minerais não metálicos, autopeças e metalúrgico. 

O setor de Serviços cresceu 5,2%. Entre as atividades de serviços acompanhadas na estimativa do PIB estadual, o maior crescimento veio dos transportes (+8,4%), seguido pelos serviços prestados às famílias (+7,8%), administração pública (6,4%) e comércio (5,5%). 

De acordo com o economista da Seplan, Paulo Zoldan, “as exportações se mantiveram nas máximas históricas e com crescimento robusto. O segmento das importações se sustentou no crescimento da demanda nacional por insumos industriais e bens de consumo.” Para o economista, outro fator de crescimento tem sido a expressiva expansão do turismo no estado. Há expectativa de mais crescimento, com a expansão da malha aérea, novos voos internacionais e o investimento em infraestrutura e marketing turístico.

Apesar dos bons percentuais, cabe ressaltar que houve uma desaceleração nos indicadores do segundo trimestre de 2025 e todos os setores cresceram menos no estado. Mesmo assim, Santa Catarina mostrou desenvoltura diante da conjuntura nacional, mantendo sua liderança no crescimento econômico.

O aquecimento do mercado imobiliário no estado gerou a abertura de 12,7 mil novos postos formais de emprego pela construção civil somente nos sete primeiros meses do ano, após a abertura de outros 47,9 mil postos no ano passado. A qualidade de vida, a segurança pública e as paisagens cênicas de Santa Catarina estão atraindo um grande número de investimentos imobiliários e de infraestrutura turística, dando um bom fôlego à construção civil que manteve um bom crescimento entre março e junho.

Mercado de trabalho aquecido

O bom desempenho econômico de Santa Catarina mantém o estado em pleno emprego, com taxa de desocupação de apenas 2,2%, a menor do Brasil, diante de uma taxa nacional de 5,8%. No acumulado do ano, foram criados 82,9 mil postos formais, o quarto maior saldo do país, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. O saldo representa uma alta de 3,23%, percentual acima das médias de crescimento da região Sul (3,03%) e do Brasil (2,86%).

Nos sete primeiros meses de 2025, os serviços lideraram as contratações, com 32.968 novos postos, seguido pela indústria de transformação, com 29.161 novos postos. A construção civil, por sua vez, gerou 12.710 novas vagas de trabalho formal e o comércio 6.745 novas contratações.

No acumulado do ano, os maiores saldos de emprego na Indústria foram na fabricação de produtos alimentícios (+4.641), seguido pela fabricação de produtos têxteis (+3.123), confecção de artigos do vestuário (+2.974) e fabricação de máquinas e equipamentos (+2.932). 

A Seplan lançou nesta quarta-feira, 3 de setembro, a nova edição do Boletim de Indicadores Econômicos-Fiscais, referente às análises do segundo trimestre de 2025 até junho, bem como indicadores acumulados no semestre e nos últimos doze meses. Acesse o boletim para informações detalhadas e análises qualitativas.


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