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  • 01/05/2025 23:02

Solução caseira vai fornecer água para 35 famílias de Irineópolis

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Impacto da estiagem domina debate no Dia Mundial do Meio Ambiente

O Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no dia 5 de junho, ganha um aspecto mais relevante neste ano em Santa Catarina. É que o Estado sofre o impacto da estiagem que se agrava desde janeiro, quando as chuvas começaram a rarear no território catarinense.


Na agricultura, a falta de chuvas vem atingindo, sobretudo, a cultura da maçã, que acumula 19% de perdas, e o milho total, com 10% de perdas, segundo dados do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa). O Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de SC (Epagri/Ciram), responsável pelo monitoramento de níveis de rios e de chuvas, informa que o Estado não enfrentava uma estiagem tão grande desde 2006.


A Epagri faz o monitoramento ambiental e do mercado agrícola, além da previsão do tempo, na intenção de manter os meios rural e urbano alertas para a situação. Nos 292 escritórios municipais da Epagri a mobilização é para sensibilizar famílias agricultoras e pescadoras para práticas que preservam a água. Por outro lado, os extensionistas da Empresa que atuam nos municípios também vêm tomando providências para gerar ou manter pontos de captação de água, na expectativa de apoiar as comunidades no enfretamento desse momento delicado.

 

IRINEÓPOLIS

Em Irineópolis, a Epagri oferece uma solução "caseira" que vai fornecer água para pelo menos 35 famílias das comunidades de Rio Vermelho, Santo Antônio 2 e Rio Branco, produtoras de tabaco, leite e milho. É o modelo Caxambu de proteção de fonte, que será construído na semana que vem na propriedade do agricultor José Océlio de Castro.


A proteção de fonte modelo Caxambu foi desenvolvida em 2001 pelo geólogo Mariano José Smaniotto e por extensionistas da Epagri na região de Chapecó, num trabalho conjunto de entes públicos municipais e estaduais, que incluiu a Prefeitura de Caxambu do Sul e agricultores da região. Ao longo dos anos foram incorporadas adaptações que aprimoraram a tecnologia.

O objetivo é proteger a fonte, também conhecida como nascente ou olho d'água, usando para isso tubo de concreto, canos pvc, pedras, brita, cacos de telha ou de tijolo, além de outros materiais. Assim, o modelo Caxambu protege a fonte contra contaminação por lixo, agrotóxicos, dejetos humanos e de animais. A tecnologia também evita desmatamentos, protege o solo e ajuda a preservar e recuperar a vegetação nativa, entre outras vantagens.

Alex Caitan Skolaude, extensionista da Epagri em Irineópolis, conta que diante da estiagem foi procurado pelo agricultor José Océlio, que disse ter uma fonte "muito boa" na área de preservação de sua propriedade. A animação do agricultor, em meio a um cenário de grave redução na oferta de água, intrigou o extensionista, que se surpreendeu ao conhecer a nascente. Ele mediu uma vazão de 28 mil litros de água por dia, o que vai ofertar uma captação de 15 mil litros de água diários.

Após a construção da proteção da fonte, a água vai ser armazenada numa caixa inicial de cinco mil litros e distribuída via mangueira para cinco residências. O excedente vai ser reservado numa outra caixa com a mesma capacidade, essa na beira de uma estada, permitindo que outras famílias que estejam com problemas de fornecimento busquem o líquido no local. Alex calcula que por meio desse sistema poderão ser atendidas uma média de 30 famílias ou mais, caso seja necessário.

A construção da proteção de fonte modelo Caxambu será feita na segunda semana de junho, com participação de dois extensionistas da Epagri no município e mais três agricultores, incluindo o dono do terreno. Em menos de um dia o trabalho estará pronto. A partir daí a prefeitura de Irineópolis e a Defesa Civil local devem entrar com as caixas d'água. Mangueiras, tubos, conexões e outros equipamentos para proteção da fonte e distribuição da água ficam por conta dos agricultores.

A fonte modelo Caxambu já provou sua eficiência em Irineópolis. Alex revela que, desde 2016, 80 famílias rurais foram beneficiadas com a tecnologia no município, por meio do Programa SC Rural. O resultado é que estes agricultores não estão sendo tão afetados pela atual estiagem.



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