Relatório de acidente com biodiesel aponta contaminação de rio em Monte Castelo
Não foram detectadas alterações na água do rio Canoinhas, segundo Comitê de Gerenciamento
Relatório emitido pelo Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio
Canoinhas e Afluentes Catarinenses do Rio Negro mostra contaminação ocasionada pelo acidente que causou vazamento de biodiesel em um rio que deságua no rio Canoinhas no final do mês passado.
O acidente aconteceu na tarde de 25 de junho na BR 116, Serra do Espigão, envolvendo uma carreta bitrem carregada com biodiesel que vinha de Lagoa Vermelha (RS) com destino a Cubatão (SP). O caminhão tombou na pista.
Dos 43 mil litros transportados, em torno de 38 mil foram derramados dentro do rio Matemático, que deságua no Canoinhas, ocasionando, segundo o relatório, a contaminação de corpos hídricos, principalmente no município de Monte Castelo.
Foi realizado o percurso de parte do Matemático e mais outros dois rios cujos nomes não foram identificados, para acompanhar o nível de contaminação. Durante o percurso observou-se que o biodiesel já se espalhou por um considerável trecho. Além disso, em alguns pontos a água se apresentava com coloração esbranquiçada em virtude da sua mistura com o óleo em função da turbulência do rio nestes trechos. Esse percurso foi
acompanhado por agricultor residente no local que relatou que no dia anterior observou-se grande fluxo do combustível no rio.
As empresas contratadas pela transportadora iniciaram os trabalhos de instalação de barreiras de contenção e mantas de absorção, para minimizar os impactos ambientais. A Suatrans/Ambipar se comprometeu a limpar o rio.
O prefeito de Monte Castelo, Jean Carlo Medeiros (PSD), acompanhou o trabalho e demonstrou preocupação quanto ao risco de contaminação da água que é
fornecida à população. Ele solicitou que fossem tomadas as devidas providências para evitar maiores problemas. Reforçou que vai exigir o comprometimento das empresas para resolver a situação.
A Casan informou que nos pontos de captação de água nos municípios de Major Vieira e Canoinhas, até o presente momento, não foram detectadas alterações na água. Os pontos seguem sendo monitorados.
As instituições realizaram o acompanhamento e fiscalização dos procedimentos realizados pelas empresas e exigiram o controle e monitoramento diário da qualidade de água, por laboratórios oficiais, com a finalidade de verificar qual o potencial do dano.
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