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Parentes de detentos protestam contra suspensão de visitas em Canoinhas
Secretaria diz que as visitas serão retomadas quando as condições sanitárias permitirem
Parentes de detentos que cumprem ou aguardam pena na Unidade Prisional Avançada (UPA) de Canoinhas protestaram contra a suspensão de visitas. O manifesto ocorreu na manhã desta sexta-feira, 4. Com cartazes que pediam pela volta das visitas e clamavam a juízes e promotores por um olhar para a situação, os manifestantes empunharam cartazes e conversaram rapidamente com a direção da UPA. Protestos semelhantes vêm acontecendo no Presídio Regional de Mafra nas últimas semanas.
A Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP) reitera por meio de nota que adotou todas as medidas sanitárias necessárias para atenuar os efeitos da pandemia no sistema prisional e socioeducativo com o objetivo maior de preservar a vida de internos, adolescentes, servidores e funcionários.
A suspensão das visitas presenciais, do envio de cartas em papel e do recebimento de itens externos como sacolas, em vigor desde o dia 16 de março, mostraram-se fundamentais no controle da covid-199, segundo a SAP.
Nesta sexta-feira, 4, há 197 casos ativos de covid-19 num universo de 29 mil pessoas que circulam nas unidades prisionais e socioeducativas do Estado. "Essa é uma prova irrefutável que as medidas restritivas e todos os procedimentos sanitários adotados estão corretos e podem ser acompanhados e auditados", diz a SAP.
Ao longo dos últimos 172 dias, a SAP administrou 1.693 casos confirmados (400 servidores, 41 funcionários, 1.248 presos, 04 adolescentes) de covid-19 nos sistemas prisional e socioeducativo. Duas pessoas - um interno e um servidor - morreram.
"Defendemos e preservamos o direito constitucional dos apenados em manter contato com seus familiares. Para tanto implantamos a visita virtual que já soma 44.242 chamadas de áudio e vídeo. As cartas em papel foram substituídas por meio eletrônico e, até o momento, foram registrados 69.402 e-mails, entre enviados e recebidos, abrangendo todas as unidades prisionais e socioeducativas do estado", prossegue a SAP em nota.
A SAP diz que as visitas sociais serão retomadas quando as condições sanitárias permitirem. "Não podemos colocar a vida dos apenados, servidores, funcionários e adolescentes em risco neste momento. Os índices de contaminação no estado estão se estabilizando, mas isto não significa que a pandemia acabou. Ao contrário: este é momento de reforçarmos a muralha sanitária para contribuir com a efetiva desaceleração e retomada das rotinas nas unidades com atividade laboral integral, ensino e visita social."
Afirma ainda que está aplicando todos os protocolos estabelecidos pela Sala de Situação e elaborados em conjunto com o Centro de Operações em Emergências da Saúde (COES) da Secretaria de Estado da Saúde. Em todas as unidades, áreas internas, externas e de circulação comum são frequentemente sanitizadas. Viaturas, algemas e outros equipamentos de uso compartilhado são diariamente higienizados. Há uma reposição regular de EPIs e outros produtos específicos para combate à covid-19, além de álcool gel e sabonete líquido.
O sistema prisional, afirma a SAP, está provendo os internos com todos os itens necessários: uniformes (inverno e verão), kit de higiene individual, kit de limpeza da cela, cobertores, roupas de cama, alimentação, medicamentos, atendimento de saúde, atendimento odontológico, entre outras necessidades básicas.
"Entendemos e respeitamos a ansiedade das famílias em estar próximos de seus entes queridos, mas neste momento ainda é necessário seguirmos com as medidas restritivas em nome da preservação da vida e da saúde, como vemos em toda a sociedade catarinense", conclui a nota.
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