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  • 17/05/2025 19:42

Pandemia provoca queda de 13,27% no comércio canoinhense no 1º semestre

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  • - Centro de Canoinhas/Fátima Santos

Dado se refere às consultas ao Serviço de Proteção de Crédito realizadas no período em 2019 e 2020

A pandemia provocou queda de 13,27% nas consultas ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) no primeiro semestre deste ano se comparado ao mesmo período do ano passado em Canoinhas. Os dados são da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Canoinhas (CDL). Apesar de muita gente comprar à vista ou no cartão, o dado serve como um parâmetro para auferir o impacto da pandemia na economia. No primeiro semestre do ano passado foram 69.494 consultas enquanto no primeiro semestre deste ano foram 60.263 consultas.

O momento mais dramático foi em março, quando o comércio foi fechado no dia 13 e assim permaneceu até 27 de abril. Depois, retornou aos poucos sob severas regras restritivas como a necessidade de reduzir a circulação de clientes a 50% da capacidade, uso de máscara e fornecimento de álcool em gel na entrada dos estabelecimentos.

Para o presidente da CDL, Cirineu Novack, a queda pode ter sido maior por causa do fechamento do comércio, mas a recuperação foi rápida. Ele credita essa rápida recuperação ao auxílio emergencial do Governo Federal. Proprietário de uma loja de materiais de construção, Novack conta que vez ou outra vê clientes usando o cartão que permite não só receber, mas também gastar o benefício do governo. "Penso que vai melhorar ainda mais e teremos uma reversão desse cenário no segundo semestre", acredita.

Gerente da rede de lojas de roupas e calçados Band, de Canoinhas, Dalva Romanovski concorda com Novack. "Logo após o retorno estávamos preocupados imaginando a queda nas vendas, porém nos surpreendemos positivamente com a retomada gradativa e positiva nos meses seguintes. Hoje temos saldo positivo, claro que com muito trabalho, dedicação e também com produtos de procedência e qualidade que vendemos", afirma.

Dalva conta que as vendas com cartão de crédito e à vista aumentaram bastante. "O auxílio emergencial também ajudou para colocar dinheiro no mercado e assim, consequentemente, o aumento no consumo", pondera.


PAÍS

Nesta semana foram publicados os dados relacionados a economia do País no 2º trimestre e mostra que os resultados ruins não são exclusividade de Canoinhas. A economia brasileira registrou retração inédita de 9,7% na comparação com os três meses anteriores, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB de Santa Catarina sai dois anos depois, mas o Índice de Atividade Econômica Regional, apurado pelo Banco Central e considerado uma prévia, mostrou que a economia estadual foi um pouco melhor. Na comparação com os mesmos meses do ano passado, SC teve queda de 12,4% em abril, de 9,3% em maio e de 4,4% em junho. O Brasil teve queda de 13,7% em abril, de 12,8% em maio e de 8,6% em junho.

Base da recuperação econômica após a recessão iniciada em 2014, o consumo das famílias brasileiras caiu 12,5% no segundo trimestre de 2020 em relação aos três meses anteriores. Segundo o IBGE, o consumo teve contração de 13,5% em relação ao mesmo período de 2019, índice que representa a maior queda registrada na série histórica, de 1996. Este foi o segundo resultado negativo desta comparação após 11 trimestres de avanço.

Com a paralisação quase total da indústria automobilística e cortes na produção de artigos considerados supérfluos, a indústria brasileira recuou 12,3% no segundo trimestre. Foi o maior recuo entre os setores pesquisados para o cálculo do PIB.

Principal motor da atividade econômica canoinhense e maior empregador do país, o setor de serviços amargou queda de 9,7% no segundo trimestre, o primeiro totalmente sob efeito da pandemia do novo coronavírus.


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