Custo é justificado, segundo Laboratório Peninha, pela necessidade de contratação de um segundo laboratório

As coletas de secreção para detecção da covid-19 feitas no Laboratório Peninha, de Canoinhas, são enviadas para o Laboratório Pardini, de Minas Gerais. Daí o custo maior do que o praticado por laboratórios independentes. Nesta quarta-feira, 15, o Procon listou 60 laboratórios do Estado que, segundo o órgão, praticam preços que partem de R$ 180 e vão até R$ 380, apresentando diferença de até 200% de um laboratório para outro. O Peninha fica na média, cobrando R$ 270 por exame. O laboratório canoinhense paga, contudo, R$ 180 para o laboratório Pardini. Todas as despesas de coleta como mão de obra e despacho são do Peninha. "Coloco meus funcionários em risco, inclusive", justifica o proprietário do laboratório, Zulmar Nascimento Teixeira, frisando que menos da metade do valor fica com o seu laboratório.

Outro fator que implica no custo é a demanda. Até hoje o Peninha realizou 21 exames para detecção de covid, o que dificulta negociar valores. "Quem tem maior demanda, consegue melhores preços", explica. Teixeira usa seu concorrente direto como exemplo de que não há sobrepreço. O JMais consultou o Labcenter, também de Canoinhas, que pratica o mesmo preço do Peninha.

O exame feito em Canoinhas somente de modo particular é do tipo RT-PCR, considerado o ideal para conseguir um diagnóstico com maior precisão.