A Defesa Civil de Santa Catarina emitiu alerta meteorológico na tarde desta segunda-feira, 21. O comunicado diz que ao longo da próxima quinta-feira, 24, um novo ciclone extratropical se forma na altura da costa do Uruguai. Com isso aumentam as chances de eventos climáticos de forte intensidade em todo o estado catarinense.

Ainda de acordo com a nota, associado ao ciclone, uma nova frente fria avança por Santa Catarina: entre a manhã e tarde da quinta-feira, na porção oeste, há risco de temporais, rajadas de vento de forte intensidade, alagamentos e eventual queda de granizo. No decorrer do dia, as áreas de instabilidade avançam para as demais regiões catarinenses.

Ainda na quinta, entre a madrugada e a manhã, por conta da formação do ciclone, os ventos sopram do quadrante norte e são esperadas rajadas de vento de forte intensidade entre o oeste, Planalto Sul e Litoral Sul.

Entre a madrugada e manhã de sexta-feira (25) a chuva dá uma trégua, mas a partir da tarde áreas de instabilidade voltam a provocar temporais isolados entre o oeste e o Planalto Norte catarinense

CICLONE ATINGIU SC EM 2020

Santa Catarina contabilizou diversos prejuízos e as perdas humanas provocadas pelos ciclones e tempestades que atingiram o estado em Julho de 2020. Foram afetadas diretamente pelos eventos climáticos 1.354.241 pessoas. Foram registradas 14 mortes durante a passagem das tempestades e nas ações de reconstrução.

Os óbitos ocorreram nos municípios de Balneário Piçarras (01), Brusque (01), Canelinha (01), Chapecó (01), Garuva (01), Governador Celso Ramos (01), Ilhota (01), Itaiópolis (01), Itapoá (01), Rio dos Cedros (01), Santo Amaro da Imperatriz (01) e Tijucas (3).

Durante os eventos, 11 pessoas perderam a vida devido a desmoronamentos, afogamentos, quedas de árvores e choque elétrico. Já três mortes foram pós os eventos, mas de pessoas que caíram por estarem consertando o telhado.

Na época, o gerente de Operações da DCSC, Rodrigo Nery, reforçou que é necessário que a população leve em conta os aviso e alertas emitidos. "Existe um trabalho muito sério por trás da emissão de avisos e alertas onde são observados os riscos potenciais as pessoas, principalmente durante os eventos severos", reforçou.

De acordo com ele, é extremamente necessário que a população adote as medidas preventivas indicadas pela Defesa Civil durante as tempestades como não transitar em áreas alagadas ou sobre pontes, não se abrigar embaixo de árvores e procurar locais seguros até o evento passe. Ele citou duas situações em que pessoas morreram afogadas após caírem de pontes, na última semana durante o ciclone. "A passagem de uma tempestade é rápida, mas as consequências podem ser duradouras", completou.